sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Mulher machista

Estamos inseridas em uma cultura machista. E isso ninguém nega. O que todos e todas negam é praticar atos machistas. Se identificar como agente opressor de fato não é fácil, mesmo porque isso significaria a necessidade de mudar de atitude.
A notícia de que um grupo de 40 homens da cidade de Tanhaçu, aqui na Bahia apostaram desvirginar a maior quantidade possível de adolescentes dos 11 aos 17 chocou muita gente. Trata-se de uma geração de meninas que foram estupradas de um município de 20.000 habitantes. Hoje a polícia confirmou mais quatro meninas de terem sofrido abuso e a polícia investiga mais TRINTA E QUATRO meninas de 12 a 14 anos.
O mais surpreendente da matéria do Jornal A Tarde de hoje, 03 de setembro de 2010 é a parte a seguir.
"A polícia afirma que encontra uma série de dificuldades para conseguir provas materiais contra os acusados pelo fato de mães de algumas das vítimas forçarem as filhas a negar os abusos. De acordo com a polícia, mesmo quando os exames periciais detectam o rompimento do hímen, as meninas, orientadas pelos pais, fazem questão de mudar a versão, alegando que iniciaram a vida sexual com os supostos namorados. (...) Diante disso, de acordo com a delegada Ana Paula Ribeiro, as mães das vítimas podem ser indiciadas criminalmente por falso testemunho e desobediência ao dificultarem o andamento das investigações."
Tenho dúvidas se essas mães sabem o tipo de violência que estão submetendo suas filhas.
É necessário urgente que haja ainda mais campanhas de conscientização sobre violência contra a mulher, debatendo o papel que a mulher desempenha na sociedade.
Proteger o agressor é desproteger a vítima. Enquanto houver impunidade a violência perdurará como algo natural e permitido.
Temos o dever de nos indignar e reagir a fatos como esses.


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