
As tendências da política baiana estão para ser em breve testada e mensurada. Os passos a serem dados serão ensaiados na visita de José Serra à Bahia, a confirmar, no dia 10/08 . A passagem do tucano pelo estado servirá para verificação das tendências, tanto das "bases" quanto das "cúpulas" dos partidos baianos. Geddel afirma a disposição de apoiar Dilma. Mas se escora nas decisões do PMDB nacional e nas "disposições" nos carlistas que ingressaram no PMDB estadual. Já o DEM é Serra e o PSDB tende a ser Paulo Souto pelo fortalecimento do candidato à presidente do país. O PMDB pode apoiar ao senado candidatos que não sejam originários de sua chapa. Podem haver alianças "brancas", inclusive. Neste ínterim, o PT. O PSDB, PMDB, PR e o DEM se armam contra o partido em nível estadual . Soçobra à lógica democrática um paradoxo: Quais os interesses que levam Geddel a se aliar a um projeto nacional do PT e se contrapor a um projeto estadual?
Os paradoxos da política são identificados com alianças sem (com outro tipo de) consistência. As regras do jogo impõem tal quadra por contingência e muitos a levam em consideração por questões de principio. Estejamos atentos a uma movimentação nos palanques de 2010: Geddel e o PMDB vão ter que se contorcer para argumentar por que o PT estadual não merece apoio, mas só o PT nacional. Possivelmente sairá ganhando a democracia, capaz de administrar conflitos de ideias e projetos melhor que os outros regimes testados pelas sociedades modernas, principalmente se se debater a política e não os seus acessórios de menor importância. Que se debata a politica, pois nas divergências entre o PT e o PMDB, ambos os lados não deixaram transparentes as suas diferenças e divergências de projeto. Os acessórios deram o pano de fundo a uma campanha "híbrida" de Walter Pinheiro em 2008. A ambiguidade e os acessórios poderão figurar novamente nos palanques do PMDB e do PT ao não explicarem satisfatoriamente o que os separaram. Os ponteiros da política baiana revelam o desencontro de setores que nunca se conciliaram. Vide a obviedade de oposição entre um PMDB com cara de PFL (ingresso de centenas de prefeitos, de chefes locais) e o PT. A solução encontrada pelo PT revela a continuidade da estratégia de agregação de "novos semelhantes" , em andamento desde 2002. A do PMDB é se aliar a setores nunca negados por princípio, mas por contingência.
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