quarta-feira, 8 de julho de 2009

Transporte público-privado: SETPS e Prefeitura, farinhas do mesmo saco!!!


Quem nunca reclamou dos ônibus que rodam em Salvador? Segue um manifesto com APENAS oito itens, poderiam ser "infinitos", tamanho o descaso com o meio de transporte da maioria da população:
1) Em geral, são barulhentos. Problema derivado da péssima manutenção, o que barateia o custo, aumenta o lucro e deixa surda a massa que usa tal meio de locomoção.
2) Não tem lixeira, janelas com defeito e quando chove e estão FECHADAS pingam nos assentos ocupados e vazios.
3) Sujos, imundos e empoeirados não sendo raros serem habitados por insetos da mais variada natureza (literalmente). Simples assim.
4) As poltronas são ridículas. De um material péssimo, as vezes dá vontade de ir em pé. Na verdade, não faria tanta diferença.
5) Que horário cada linha segue? Nem Deus sabe.
6) Assaltos são frequentes. Câmeras inúteis também.
7) Os postos do SalvadorCard são insuficientes, além do que, os "sindicalistas patronais" obrigam todos a se deslocarem até o posto de recarga. Por que não abrir postos conveniados, como farmácias, livrarias, papelarias, etc? O lucro fala mais alto.
8) Não existe gestão pública de transporte, o que existe é um bireau consultivo, pois é o SETPS quem decide o que vai ser feito. Viria a calhar qual o relacionamento deste grupo privado com o Sr. Prefeito João Henrique (PMDB). Não é da sua gestão a existência de tal poder do "sindicato", o que se tem é a continuidade da privatização da coisa pública. Em salvador, João Henrique tem ratificado sem dó nem piedade o que Karl Marx veio a definir, no século XIX, ser a essência do Estado moderno: um comitê de gestão dos negócios da burguesia. O SETPS advoga em nome do interesse público? A prefeitura desconhece os oito pontos acima?

P.S. O site do SETPS (clique aqui) nada mais é do que o portal do Salvador Card: um projeto de implantação e gestão da bilhetagem eletrônica nos ônibus com pagamento prévio ao sindicato. A privatização da gestão do transporte é visível quando se entra no site da Prefeitura (clique aqui). Em Salvador, a coisa pública é privada. Quem gerencia direitos sociais é o sindicato dos patrões. Na seara neoliberal concessões públicas carecem de poder público, além do mais, o fato do EStado ser fraco e conivente frente aos interesses particulares. Vou ler Raymundo Faoro e Weber...

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